quarta-feira, 20 de julho de 2011

Oriente

Duas mãos – o Tempo e o Vento –
A nos atravessar. Desvendemos
No mesmo gesto e movimento
Erguem-se, mas não as vemos

Fosse a hora de lançar um dado
Devagar, rápido, leve ou forte, segue a mão
Se o Tempo passa, de um lado,
Do outro, sopra o Vento na mesma direção

Fosse o Acaso, ou o Vento, ou o Tempo
Divinas mãos erguidas cobertas pelo véu
Invisível, para nós, ritmo secreto e lento
Não para o Oriente – olho divino no céu

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