terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Colorir


Colorir
Porque o preto e o branco
Já não é o bastante para mim
E porque quero a variedade,
A diversidade.
Quero é mergulhar num mar de cores,
Desde o arco-íris as pétalas das flores
Sentir os perfumes
Degustar os sabores
Ah! A vida só possível pra mim
Se for a cores.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Menina do Mar



Na beira do mar
Mariana vai brincar
Cada onda que vem e vai
Mariana quer pular

Sai da água bicho-d’água

Mariana como um peixe
a borbulhar
                Bolhas saem d’água
Flutuam pelo ar
                Mariana quer voar
                Como gaivotas sobre o mar
               
Mariana na água mergulha
É uma criança pura
Mariana em ondas navega
Que menina esperta
                Mas quando à hora da
                              despedida chega
Mariana desperta tristeza
                E saudades do mar ela carrega

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Shakespeare


Preferida passagem da peça HAMLET de William Shakespeare:
“Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne é solução para almejar-se. Morrer..., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem.”[...]

domingo, 20 de dezembro de 2009

Nota explicativa


Quero deixar claro que os textos aqui escritos não têm nenhuma ligação direta com a vida do autor, fazendo parte apenas de sua imaginação criativa. Não tenho a pretensão de me considerar um escritor ou um grande poeta comparado aos meus ídolos, mas a intenção deste blog é fazer Literatura, ou seja, o autor do blog tenta escrever textos literários. Como sabemos a Literatura é a Arte das letras. Nesse blog são escritos textos no gênero poético. Na poesia é necessário não confundir o eu lírico com quem escreve. O que escrevo é uma mistura de realidade e ficção, sentimentos meus e coletivos, nem sempre o que é postado aqui tem haver com meu estado de espírito, apenas escrevo e “posto”. Lembre-se de Fernando Pessoa — O poeta é um fingidor — em “Autopsicografia”.  Mas por que escrever? Clarice Lispector dizia que quando escrevia estava viva e quando não escrevia estava morta. Escrever é pra mim uma maneira de se comunicar, pois para que serve a linguagem, senão para esta finalidade. Talvez os textos, que aqui escrevo, tenham muito a dizer a vocês leitores, mas pouco diz sobre minha vida. A vida que é sempre muito mais do que palavras.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

To love or not to love




Amar ou não amar
Sofrer ou não sofrer
Meus Deus! O que fazer
Sem Amor para viver

domingo, 13 de dezembro de 2009

Indagações





Por que essa fixação
por suicidas?
Por que suicidas paixões
me atraem?
Por que a Morte como consolo
 ao desespero?
Por que se vão rapidamente as pétalas,
e secam lentamente os espinhos?
Feri-me em um deles e o vermelho-sangue
tingiu a  minha ingenuidade
Porque dura pouco a felicidade
e seja contínuo o sofrer?
Por que o olhar perde o brilho
com o passar do Tempo?
O Tempo passa, mas não
a minha Dor!
Dor, dor, dor...
eu  dou a quem merecê-la!
Por que não tenho coragem?
Porque não tenho coragem de
para sempre adormecê-la

Pela metade

Meio nada
Meio tudo
Com medo do futuro
No meio do caminho
Correndo pra alcançar
Algo que não sei explicar
Algo que me faz falta
Admito! Eu quero
Não estou certo
Não sou completo

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Espera (Poema Esperança)

Os meus lábios ardem em chamas
a espera da tua boca, língua e saliva.

O meu corpo treme de arrepios a tentar
imaginar o toque das tuas mãos, dedos
e pele.

Os meus ouvidos aguardam em profundo
silêncio o som das tuas palavras.


O meu coração bate ansiosamente
a espera da tua presença e carinho.

O meu desejo aguarda o teu desejo.

Enquanto eu espero por você!

A Chuva Cai


Toda vez que choro
Começa a chover.
Meu Deus por quê?