segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dor de Amor Eterno


“mas o amor car (o,a) colega este não consola nunca de núncaras”
                                        Carlos Drummond de Andrade
Eterno amor
Eterna dor
Eternamente
Dentro do coração
Amor mente?
A dor não?
Infinitamente
Amor no coração
Dor mente
Amor não

domingo, 18 de abril de 2010

Momento Mágico (Microconto)

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Do passado esqueceram-se, havia apenas aquele momento. O momento em que se olharam pela primeira vez. E foi como se um holofote acendesse e apagasse tudo em volta, revelando dois seres únicos. Com uma só rajada o Cupido moderno cumpria sua tarefa aproximando dois diferentes corpos. Pronto! explosão de cores, luzes piscando e o cintilar de neons. Da música abafada ao fundo ouvia-se apenas o ritmo dos movimentos um do outro, além das contrações angustiadas do órgão símbolo da paixão. Pela primeira vez entenderam o significado da expressão “borboletas no estômago”, até que a mais ousada resolveu sair e procurar conforto no ouvido de um deles. Não precisaram dizer uma palavra, reconheceram-se na linguagem do beijo. Foram eles apresentados pela vontade de estar perto um do outro. Depois de cessado um pouco a fome das bocas, construíram uma sonata com a ciência dos nomes. A partir dali inauguraram a sinfonia do diálogo, um concerto em forma de conversa. Trocaram números de telefone, e-mails, promessas de encontros futuros. Do antes se esqueceram, naquele momento o que importava era o presente com seu embrulho e laços. Laços que pelo destino começavam a ser atados. (por BRUNO MACEDO)

Saudades...






Saudades de tua língua a percorrer o meu pescoço até a minha orelha... e arrancados suspiros meus... ouço o teu úmido silêncio...

Saudades de tuas mãos pela minha cintura ameaçando desembarcar em lugares desconhecidos... e sinto o lento desabrochar de  um desejo...

Saudades do encontro de nossas línguas a se entenderem no fascinante idioma dos amantes... e o entendimento advém da vontade de nossas bocas em permanecer unidas...

Saudades de sua respiração ofegante exigindo cada vez mais de mim e do meu desejo por ti... é um imperativo chamado: Venha! Venha! Venha sentir!

Saudades do convidativo cheiro de sua pele a viver intensos delírios... e eu me dissolvo em êxtase amoroso...

domingo, 11 de abril de 2010

Coração de lata


[O homem de lata pede ao grande Mágico de Oz que lhe dê um coração]

Procura-se um coração,
pois o que bate em meu peito
está velho e enferrujado
preciso amar de novo
senti-lo bater em meu peito
novamente:
                               tic-tac tic-tac   

Absolute Love


Quero o amor que
                        rasgue, sangre
 Amor que queime,
                        inflame e arde
Quero o sexo selvagem
com água, sal e gozo
Quero o amor que castigue
o meu corpo
Quero sentir a dor do prazer
Fazer amor até o dia amanhecer
O sexo que arranhe e machuque
Quero o sofrimento,
e as lágrimas
Quero morrer de saudade
Amor sem dó ou piedade

Eu queroqueroqueroqueroquero...
quero muito! quero mais! quero muito mais!
mais mais mais  mais mais mais mais mais...
e mais!