quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Metamorfose


Certa manhã, depois de despertar de sonhos inspiradores, encontrei-me em meu quarto pendurado no teto de ponta-cabeça metamorfoseado em um inseto, estava envolto em uma espécie de casca translúcida quando senti a parte de trás do meu corpo pulsar em fortes movimentos, percebi o invólucro rompendo-se devagar. E foi através de uma pequena ruptura que senti meu corpo de inseto passar. Ao sair, notei a presença de dois pares de asas murchas das quais latejavam incessantemente. De repente elas encheram-se de vigor adquirindo uma forma plena. “O que aconteceu comigo?”, perguntei. Estava eu sonhando? Não era um sonho, constatei. Foi quando, sentindo uma impetuosa sensação de liberdade, bati fortemente minhas asas e voei em direção à janela. “Estou livre!”, pensei. Agora posso perder-me pelos cantos da magna esfera.




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